Canibália, que segundo a sua autora significa misturar o mundo, é o mais novo Cd da cantora baiana Daniela Mercury. “A Canibália é a celebração da nossa mestiçagem. É um Manifesto de afeto. Um convite ao livre fruir da arte. Uma homenagem a criadores e criaturas. Nasci canibalista, exacerbadamente antropofágica, sem pudor de misturar tradição e invenção”, declarou Daniela.
Constam do repertório canções como Oyá por Nós, composição de Daniela Mercury e Margareth Menezes, que traduz o sincretismo baiano e é uma batida de candomblé com drum’n’bass; O Que é Que a Baiana Tem, uma mistura de twist com samba, que conta com a participação especialíssima da Pequena Notável; Sol do Sul, composição de Daniela Mercury e o filho Gabriel Póvoas, um reggae que fala do jeito latino de ser.
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O Ney está nu. Nas lojas esta semana, o CD ‘Beijo Bandido’ é o registro de estúdio de um show em que Ney Matogrosso encara o público de cara limpa. E ele está podendo. Aos 68 anos, o cantor revela surpreendente forma vocal. De tom camerístico, ‘Beijo Bandido’ se situa na MPB, mas sem a fantasia e os adereços brilhantes do roqueiro trabalho anterior do intérprete, ‘Inclassificáveis’. Quem brilha soberana em ‘Beijo Bandido’ é a voz de Ney, emoldurada por piano, violino e violoncelo.
Tudo posto a serviço de repertório irretocável. Ney consegue se impor até em temas batidos. Na sua voz, ‘Fascinação’ ganha uma de suas mais belas abordagens. Gravar o geralmente inspirado compositor gaúcho Vitor Ramil (‘Invento’, faixa da qual foi extraído o título ‘Beijo Bandido’) é sinal de que Ney não buscou somente hits populares.
